RESUMO
Num período de cinco anos, foram estudados 331 pacientes impotentes, de etiologia desconhecida, submetidos a auto-injeção de drogas vasoativas. A solução utilizada foi associação da prostaglandina E, fentolamina e papaverina. O índice de sucesso foi de 98,7 por cento, representado pela obtenção de ereção plena, promovendo uma vida sexual satisfatória tanto para o paciente quanto para sua companheira. As complicações do tratamento foram bastante discretas, representadas por priapismo em 14 pacientes (4,28 por cento), porém correspondendo a apenas 0,04 por cento do total de aplicações realizadas durante o seguimento mediano de 29 meses. Não houve nenhum caso de fibrose dos corpos cavernosos. O índice de cura, ou seja, o retorno à atividade sexual sem qualquer forma de tratamento foi de 11,92 por cento. Noventa e oito pacientes (29,96 por cento) abandonaram o tratamento. Curiosamente, dos 98 pacientes que interromperam o tratamento por insucesso ou abandono, apenas dois (2,04 por cento) optaram por um outro tipo de tratamento, submetendo-se a implante de prótese peniana. A auto-injeção de drogas vasoativas apresenta alto índice de sucesso no tratamento da impotência de qualquer etiologia, com grande segurança e baixo índice de complicações
